JESUS É REJEITADO PELOS SEUS




31/01/2010 – 4° Domingo Depois da Epifania

São Lucas 4: 21-32

Meus irmãos e minhas irmãs o texto que nos é apresentado hoje é a continuação do texto do domingo anterior onde vimos que Jesus Cristo prega em Nazaré e hoje vamos dar continuidade falando a repeito das reações do povo, que foi uma só rejeitar o Salvador.

Obviamente, o povo ficou impressionado. Falaram bem dele, sendo atraídos por suas palavras de graça. Era um mistério para eles como o filho de José, o carpinteiro, se desenvolvera tanto.

O Senhor Jesus Cristo sabia que essa popularidade era superficial. Não havia apreço genuíno pela sua identidade verdadeira ou do seu mérito. Para eles, Jesus era somente um dos seus jovens conterrâneos que tinha tido sucesso em Cafarnaum. Ele antecipou o que lhe diriam: Medico, cura-te a ti mesmo! Normalmente essa narração alegórica significa: “faça para ti mesmo o que tens feito para os outros. Cura a tua própria condição, visto que alegas curar os outros”. Mas aqui o sentido é pouco diferente. Explica-se nas palavras seguintes: tudo o que ouvimos ter-se dado em Cafarnaum, faze-o também aqui na sua terra, isto é, em Nazaré como fizera em outra parte, e assim livrou-se da zombaria.

O Senhor respondeu afirmado um princípio profundo em assuntos humanos: grandes homens não são apreciados na sua própria terra. Em seguida, ele citou duas ocorrências propositais no Antigo Testamento, em que os profetas de Deus não foram apreciados pelo povo de Israel e, assim, foram enviados aos gentios. Quando houve grande fome em Israel, Elias não foi mandado a qualquer viúva judia, mas foi enviado a uma viúva gentílica de Sidom. E apesar de haver muitos leprosos em Israel quando Eliseu ministrava, ele não foi enviado a nenhum deles. Em vez disso, foi enviado ao gentílico Naamã, capitão do exército da Síria. Imagine o impacto das palavras de Jesus Cristo nas mentes judaicas. Mulheres, gentios e leprosos eram colocados no fim da escola social. Mas aqui o Senhor Jesus Cristo propositalmente colocou todos os três acima dos judeus descrentes! O que ele queria era dizer era que a história do Antigo Testamento estava para se repetir. Apesar dos milagres, ele seria rejeitado não somente na cidade de Nazaré, mas pela nação de Israel. Então ele se voltaria aos gentios, como Elias e Eliseu fizeram.

O povo de Nazaré entedeu extamente o que ele queria dizer. Estavam enfurecidos pela mera sugestão de mostrar favor aos gentios. O bispo Anglicano John Charles Ryle (1816 – 1900) em uma de suas obras entitulada de Expository Thoughts on the Gospels, St. Luke, I:121 (Pensamentos Expositivos sobre os Evangelhos, São Lucas, I:121) comenta:

O homem odeia amargamente a doutrina da soberania de Deus que Cristo acabara de declarar. Deus Naõ tinha nenhuma obrigação de operar milagres entra eles.

Os versículos 29-30 nos mostra que expulsaram-no da cidade e o levaram até ao cume do monte com a intenção de precipitá-lo de lá abaixo. Sem dúvida, isso foi instigado por Satanás como outra tentativa de destruir o Herdeiro real. Mas Jesus passou milagrosamente por entre eles, e retirou-se. Seus inimigos não tinham poder de impedi-lo. Até onde sabemos, ele nunca voltou a Nazaré.

Lucas registra certos acontecimentos milagrosos intercalados com os ensinamentos de Jesus Cristo. Todos os Evangelhos seguem esse padrão porque os ensinamentos e os milagres de Jesus Cristo se apoiam e se multiplicam mutualmente. Como Messias, Jesus não apeneas ensinou a verdade, mas também trouxe redenção ao seu povo, como ficou demonstrado em seus milagres.

Por fim, em contraste com os fariseus e escribas, que apelavam para as tradições e os mestres do passado, Jesus não citava nenhuma autoridade. Essa discordância em relação ao modelo praticado pelos escribas maravilham as pessoas.



Paz e Bem

Sem. Bruno Leandro

Comentários