21 de Março de 2010 - Thomas Cranmer, Arcebispo de Cantuária e Mártir, 1556


A princípio, Henrique VIII buscou favorecer a Reforma, mas depois, de 1539 a 1547, moveu uma perseguição aos protestantes. Em 1539, foram aprovados pelo Parlamento os Seis Artigos, que tornavam obrigatória a crença em doutrinas características da Igreja Católica Romana: a transubstanciação, a comunhão sob uma espécie, o celibato e a confissão auricular. Na teologia, a Igreja continuou fiel a Roma.

Em 1547, Eduardo VI, um menino muito enfermo, tornou-se rei, nessa época Thomas Cranmer empenhou-se em transformar a igreja da Inglaterra em protestante. A Reforma protestante avançou rapidamente na Inglaterra, pois o Duque de Somerset, o regente do trono, simpatizava-se com a fé reformada. Naquele mesmo ano, o Parlamento autorizou os leigos a tomarem o cálice da comunhão e repeliu os Seis Artigos. Em 1549, legalizou o casamento dos clérigos e determinou que os cultos não mais deveriam ser em latim, mas em inglês. Thomas Cranmer, o grande líder da Reforma na Inglaterra, publicou o Livro de Oração Comum, dando ao povo a sua primeira liturgia em inglês.

Maria Tudor I, a sanguinária, católica romana, tornou-se rainha em 1553 e ao assumir o poder, destituiu Thomas Cranmer do posto. Assessorada pelo Cardeal Reginald Pole, em 1554 ela restaurou o Catolicismo Romano. Em 1555, intensificou-se a perseguição os protestantes. Trezentos deles foram martirizados, entre eles, o arcebispo de Canterbury (Cantuária), Thomas Cranmer, por ordem da rainha Maria Tudor I, foi preso, condenado e queimado na fogueira, em Oxford, juntamente com os bispos Latimer e Ridley. Oitocentos protestantes fugiram para o continente, para cidades como Genebra e Frankfurt, onde absorveram os princípios doutrinários dos reformadores continentais.

Fonte: http://iab.ubbihp.com.br/page12.html

Thomas Cranmer foi o primeiro arcebispo protestante de Canterbury (Cantuária) nascido em Aslacton, Nottinghamshire, Inglaterra, tido como o fundador intelectual e, em parte, espiritual da Igreja Anglicana, na sua fase reformada. Depois de estudar no Jesus College, em Cambridge, casou-se, mas logo enviuvou e, então, entrou para a igreja e dedicou-se ao estudo, tornando-se um notável participante dos debates suscitados pela revolta de Lutero. Historicamente seu episódio mais conhecido foi o fato de Henrique VIII, que queria divorciar-se de Catarina de Aragão para desposar Ana Bolena, ter sido encarregado de fundamentar teologicamente o divórcio, defendê-lo em Oxford e Cambridge, e junto ao papa. Foi enviado à Alemanha como embaixador na corte de Carlos V (1532), e lá conheceu Margaret Osiander, com quem se casou, apesar das ordens sacerdotais. Tornou-se Arcebispo de Canterbury (1533) e em cooperação com Oliver Cromwell, promoveu a publicação de uma Bíblia em inglês.


Fonte: Site do Reverendo Josafá Batista

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