A PARÁBOLA DOS LAVRADORES MAUS


21/03/2010 - 5° Domingo da Quaresma

São Lucas 20: 9-19

Dia de Thomas Cranmer, Arcebispo de Cantuária e Mártir, 1556


Meus irmãos e minhas irmãs o Santo Evangelho de hoje nos mostra o anseio insistente do coração de Deus pela nação de Israel nessa parábola da vinha. Deus é o certo Homem que arrendou a vinha (Israel) aos lavradores (líderes da nação; cf. Is. 5: 1-7). Ele enviou os servos aos lavradores para receber algum fruto para si mesmo; esses servos eram os profetas de Deus, como Isaías e São João Batista, que tentarem chamar Israel ao arrependimento e à fé. Mas os líderes de Israel invariavelmente perseguiram os profetas.

Por último, Deus enviou seu Filho amado, com o pensamento expresso de que eles o respeitariam (embora Deus soubesse, de fato, que Cristo seria rejeitado). Note bem que Cristo se destingue de todos os outros. Eles eram servos; Ele é o Filho.


Em conformidade com a sua história no passado, os lavradores resolveram livrar-se do herdeiro. Eles queriam direitos exclusivos como líderes e mestres do povo - para que a herança venha a ser nossa. Eles não cederiam sua posição religiosa a Jesus. Pensaram desta forma: se o matassem, o seu poder em Israel seria incontestado.


Então lançaram-no fora da vinha, e o mataram. Nesse ponto, Jesus perguntou aos ouvintes judaicos o que o dono da vinha faria aos tais lavradores maus. No Santo evangelho de São Mateus, os principais sacerdotes e anciãos se condenaram por responder que eles os mataria (Mt. 21:41). Aqui o Senhor mesmo forneceu a resposta: Virá, exterminará aqueles lavradores e passará a vinha a outros. Isso significava que os judeus que rejeitaram Cristo seriam destruídos e que Deus colocaria outros no lugar do privilégio. A palavra "outros" pode se referir aos gentios, ou o Israel regenerado dos últimos dias. Os judeus recuaram de tal sugestão. Tal não aconteça!, disseram. O Senhor confirmou a profecia citando Salmos 118:22. Os construtores judaicos tinham rejeitado a Cristo, a pedra. Eles não tinham lugar nos seus planos para Ele. Mas Deus estava determinado que Ele teria o lugar de preeminência, fazendo Dele a principal pedra angular, uma pedra indispensável, e no lugar de maior honra.


Os dois adventos de Cristo são indicados no versículo 18. Seu primeiro advento é descrito como uma pedra sobre a terra; os homens tropeçaram na sua humilhação e humildade, e eram quebrados em pedaços por rejeitá-lo. Na segunda parte do versículo, a pedra é vista caindo do céu e reduzindo os descrentes a pó. Outros estudiosos e teólogos acham que a pedra que se refere o verso 18 é o pecador arrependido que cai em contrição diante de Jesus em veraddeiro quebrantamento e é salvo em contraposição ao que rejeita Cristo; esse será esmagado no julgamento futuro.


Por fim o versículo 19 trás novamente uma ilustração de malevolência; porém esses líderes religiosos, hostis a Jesus, não conseguiam encontarar um argumento jurídico capaz de prejudicá-lo.


Paz e Bem
Sem. Bruno Leandro

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