10 de Janeiro de 2012 - William Laud, Arcebispo de Cantuária, 1645;


Bispo e mártir inglês nascido em Reading, Berkshire, protegido do Duque de Buckingham e personalidade de grande importância na Guerra civil da Inglaterra. Filho do fabricante de tecidos William Laud Senior e de Lucy Webb, irmã de Sir William Webb, que foi Lord Mayor of London (1591). Foi educado na Reading School, uma escola primária de sua cidade e, depois (1589) foi enviado para Oxford, como um cidadão de St. John. Foi tutorado por Mr.Buckeridge, um oponente zeloso da corrente político-religiosa do Puritanismo, originária do começo do reinado da Rainha Elizabeth I. Os próximos dez ou doze anos foram de intensa atividade acadêmica. Tornou-se estudante da faculdade (1590) e admitiu como um fellow (1593) e tornou-se bacharel em artes (1594). Desgraçadamente, perdeu por morte seu pai (1594) e esteve gravemente enfermo (1596-1597), por causa de uma doença hereditária. Recuperado, tornou-se mestre de artes (1598) e, no mesmo ano, leitor de gramática. Apesar da morte da mãe no final de novembro (1600), em janeiro seguinte ele foi ordenado diácono, e padre quatro meses depois. Atuando como vigário na St. Mary's Church, Oxford e professor da universidade, ganhou uma reputação acadêmica considerável. Foi nomeado (1603) capelão do recém criado Condado de Devon, de Charles Blount, Lord Mountjoy, onde oficializou o controverso matrimônio entre seu nobre patrão e a bela Lady Rich, divorciado do Lord Rich por adultério com o próprio conde. Tornou-se vigário em Stanford, Northamptonshire (1607) e capelão do Bishop Neile de Rochester (1608). Depois de várias cargos em Essex, Rochester, Kent, Norton e Buckeridge, entre outras cidades, chegou (1621) a abadia de Westminster, onde obteve muita reputação com suas conferências e pregações. Três anos depois que Carlos I, opositor dos puritanos, foi coroado rei (1625), ele tornou-se bispo de Londres (1628) e depois foi nomeado Archbishop of Canterbury (1633). Como Arcebispo de Cantuária empreendeu medidas severas para eliminar a dissidência da Igreja Anglicana e buscou instituir práticas cerimoniais romanizadas, além de ignorar a justificação pela fé, por causa de suas ênfases arminianas, oprimindo violentamente os puritanos e forçando-os a emigrarem para a América. Carlos I, filho de Jaime I da Inglaterra, sonhava em reunir todas as ilhas britânicas num só reino. Como o seu pai, ele acreditava no direito divino dos reis. Profundamente católico e autoritário, uma série de incidentes com os membros do Parlamento levaram a um grave conflito entre os dois. Aconselhado pelo arcebispo de Canterbury, defendeu a idéia de uma Igreja da Inglaterra mais pomposa e cerimoniosa. Os puritanos acusaram o arcebispo de tentar reintroduzir o Catolicismo, que ainda mais mandou prender e torturar os seus opositores. Por exemplo (1637), John Bastwick, Henry Burton e William Prynne tiveram as orelhas cortadas por terem escrito panfletos contra as opiniões de arcebispo, sentença rara para homens deste nível social, o que provocou mais rancor. A política de Carlos I de reinar sem o Parlamento revelou-se desastrosa, particularmente quando estourou a Guerra dos bispos (1639-1640) contra os escoceses, como conseqüência dos escoceses terem reagido de maneira brutal e expulsado os bispos das igrejas da Escócia, no ano anterior. O rei enviou tropas para controlar os rebeldes e, sem sucesso, teve que assinar a pacificação de Berwick e obrigado a aceitar não interferir na religião em Escócia, e também pagar reparações de guerra. Acusado de traição, o bispo de Londres, foi aprisionado e julgado (1644) e, embora sem condenação, foi proscrito e executado (1645) e o Presbiterianismo tornou-se a igreja oficial, com algumas reservas dos Independentes, dirigidos pelo calvinista Oliver Cromwell. A Guerra civil inglesa (1642-1649) foi uma luta entre os partidários do rei Carlos I da Inglaterra e o Parlamento, liderado por Cromwell. que acabou com a derrota e a condenação à morte de Carlos I.


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